Criptomoeda Explicada

Dayane Gonçalves
5 min readApr 16, 2021

Já parou para pensar, que todo dinheiro emitido pelo governo é mantido em banco, e a necessidade de uma conta bancária quando precisa obtê-lo ou transferi-lo para outra pessoa?

Apenas no Brasil, cerca de 45 milhões de pessoas não tem acesso a uma conta bancária, muitas vezes isso ocorre porque os governos e as instituições financeiras restringem, a um determinado grupo de pessoas, o acesso aos seus serviços.

Considerando esse fato, as criptomoedas surgem como um novo modelo de dinheiro, não emitidas ou regulamentadas por um estado ou país. Ao contrário da moeda fiduciária, a criptomoeda não envolve instituição bancária. Qualquer pessoa pode, em teoria, negociar e investir em criptomoedas.

O Que é Criptomoeda?

Criptomoeda é um dinheiro digital, descentralizado do governo e de instituição bancária.

Pode ser usado como meio de pagamento ou investimento.

Origem das Criptomoedas

Em 2008 Satoshi Nakamoto (figura anônima) criou um sistema de pagamento descentralizado, que elimina a necessidade dos bancos e instituições financeiras, para enviar e receber dinheiro.

Para fazer isso, Satoshi criou uma tecnologia chamado Blockchain. Com o Blockchain foi possível a emissão de unidades de criptomoedas baseadas em provas criptográficas e algoritmos programados.

Além disso, sua rede funciona como o próprio registro das transações feitas com a criptomoeda. É como se fosse uma planilha eletrônica que usa criptografia forte para verificar e garantir a autenticidade das transações online. Registra informações do tipo, quem enviou, quem recebeu, a quantidade, e o horário enviado de cada criptomoeda.

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda emitida com o Blockchain, e com ela Satoshi provou que é possível existir dinheiro digital que não seja controlado por nenhum governo, acessível para qualquer pessoa com internet, e que pode ser trocada de forma segura e irrevogável.

Como Funciona as Criptomoedas?

Funcionam como investimento ou meio de pagamento, podendo ser transferida diretamente de pessoa para pessoa, sem haver necessidade de um intermediário.

Qualquer pessoa com internet, smartphone ou um computador, consegue negociar e transferir criptomoeda, sendo especialmente benéfico para as pessoas desbancarizadas da sociedade.

O uso das criptomoedas para a compra e venda de bens ou serviços reais, ainda é limitado, mas investimentos nesses ativos experimentam muitos casos de sucesso.

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda criada e seu propósito é o de ser uma reserva de valor. Depois do Bitcoin, milhares de outras criptos foram lançadas, cada uma contento seu prósito e objetivo diferente.

Uma coisa interessante, é que não é necessário comprar 1 unidade inteira da criptomoeda, ela pode ser vendida de forma fracionada. Então digamos que uma determinada cripto custa R$1, e ao invés de ser obrigatório pagar o valor integral de R$1 é possível comprar um pequeno pedaço por R$0,10.

Etapas Para Começar

Começar investir em criptomoeda parece complicado, mas com o surgimento de novas empresas desenvolvendo aplicativos com funcionalidades e interfaces mais simples, as negociações para os usuários estão ficando cada vez mais fáceis. No entanto, é preciso compreender o processo para garantir a segurança e evitar fraudes.

1. Análise da Criptomoeda

É essencial a análise do projeto e seus fundamentos, você pode fazer isso visitando sites que pesquisam a capitalização das principais criptomoedas do mercado.

2. Escolha a Exchange

Exchange é semelhante a bolsa de valores, mas ao contrário de negociar ação, negocia criptomoeda.

Existem dois tipos de Exchange, a Exchange Descentralizada e a Exchange Centralizada. Cada uma com suas peculiaridades que você pode aprender sobre aqui.

3. Entenda Sobre Chave Privada e Chave Pública

A chave privada e a chave pública são partes integrantes das criptomoedas. Funcionam como senhas que permitem enviar e receber moedas digitais.

Chave Privada: Como o nome diz, é uma chave PRIVADA e não deve ser compartilhada com ninguém. São códigos em formato alfanumérico ou QR Code, que deve ser mantido em segredo, pois permite acesso aos seus fundos. Apenas com a chave privada você pode gastar ou enviar cripto para outra pessoa. Se perder sua chave privada significa que todas suas criptos serão perdidas.

Chave Pública: Também são códigos em formato alfanumérico ou QR Code, mas nesse caso permite que você RECEBA criptomoedas de outra pessoa. É como se fosse o endereço da sua carteira. Quando alguém for te enviar cripto, deve ser compartilhado a chave pública para receber. Parecido quando recebemos PIX.

Obs: Se utilizar uma exchange centralizada (CEX), as chaves são responsabilidade da própria corretora. Agora se utilizar exchange descentralizada (DEX), a responsabilidade das chaves é totalmente sua.

4. Escolha Uma Carteira

É necessário uma carteira digital para armazenar as criptomoedas.

Existem três tipos de carteiras, Software, Hardware e Carteira de Papel.

Carteira Software: A maioria das exchanges centralizadas oferecem essa carteira para seus clientes. São na forma de aplicativos e tem a vantagem na simplicidade no uso. A carteira software cria automaticamente a chave pública e privada para o investidor, facilitando o acesso e a troca dos ativos. No entanto, a segurança não é essencial para essas carteiras, pois são empresas comerciais cuidando das chaves e dos ativos dos usuários, e com isso tendem a ser vulneráveis aos ataques de hackers.

Carteira Hardware: Ao contrário da Software, a Hardware tendem a ser alternativas mais seguras, pois garante que o investidor tenha comando sobre as chaves de seus ativos e permitem o armazenamento das criptos fora do comércio, evitando o perigo dos hackers. São carteiras físicas, semelhantes a um pendrive, onde o usuário compra cripto em qualquer exchange e consegue transferir para dentro do hardware.

Carteira de Papel: Como o nome diz, são carteiras de papéis, físicas e que não são conectadas à internet. O armazenamento das cripto nesse tipo de carteira é offline, e por isso são conhecidas como Carteiras frias. Por estar fora da internet, são consideradas seguras contra hackers. No entanto, existe uma série de medidas que precisam ser observadas para a preservação da carteira.

5. Compre a Criptomoeda

Antes da compra, monitore o preço e o volume de negociação de cada ativo para melhor tomada de decisão.

Consideração Final

Proteção e segurança são pontos significativos para os investidores do mundo cripto. É importante se atentar aos métodos de segurança básicos no armazenamento dos ativos, a fim de evitar que eles sejam hackeados.

Assim como qualquer investimento, as criptomoedas requer estudo e paciência para adquirir retornos financeiros.

Invista com sabedoria.

Semanalmente compartilho informações sobre DeFis na Newsletter que você pode conferir aqui.

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